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Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
CCBB SP - Prédio Histórico
Entrada gratuita
A exposição internacional Joaquín Torres García - 150 anos, inédita no país, celebra a trajetória de um dos pilares da arte moderna na América Latina, com cerca de 500 itens, entres obras e documentos, incluindo pinturas, manuscritos inéditos, maquetes, desenhos e os célebres brinquedos de madeira produzidos pela família do artista uruguaio.
É a primeira vez que esse conjunto tão amplo e diversificado do artista é apresentado no Brasil, com peças que deixarão pela primeira vez as reservas técnicas do museu uruguaio, revelando ao público aspectos pouco conhecidos da produção do artista.
Com curadoria de Saulo di Tarso em colaboração com o Museo Torres García, a mostra aprofunda o entendimento sobre o “universalismo construtivo” e apresenta Torres García como um pensador de alcance global. A pedagogia do Taller Torres García, que defendia que os artistas da América Latina desenvolvessem uma arte própria sem depender das influências europeias e norte-americanas, também é explicada na exposição. A proposta era incentivar cada artista a buscar suas raízes, símbolos e referências locais, criando uma produção mais autêntica e conectada com a cultura do continente — algo que dialoga diretamente com a seleção presente na exposição.
Instituições como o Museo Torres García (Uruguai), o Museu d’Art Contemporani de Barcelona (Museu de Arte Contemporânea de Barcelona), o Institut Valencià d'Art Modern [Instituto de Arte Moderna de Valência], o Museo de la Solidaridad Salvador Allende (Chile), além de coleções brasileiras como o MASP e a Pinacoteca de São Paulo, contribuem com empréstimos essenciais.
Este projeto conta com incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet e patrocínio da BB Asset.
Nascido na cidade de Montevidéu em 1874, filho de pai catalão e mãe uruguaia, Joaquín Torres García cresce nos arredores da cidade em um ambiente de grande liberdade. Sua formação escolar foi autodidata e sua vocação para a arte, espontânea e inédita em uma família de comerciantes e carpinteiros. Convencido de que seu destino era ser pintor, o jovem Torres convence o pai a retornar ao seu país natal, e em 1891 toda a família emigra para Barcelona. Ao se instalar na cidade de seus ancestrais, Joaquín fica impressionado ao descobrir a presença da antiga cultura mediterrânea na vida cotidiana. Ele fez uma breve formação artística acadêmica, para depois retomar seu caminho autodidata. Para ganhar a vida, começa a trabalhar como ilustrador de revistas e livros.
Desde os primeiros anos, Torres García rejeita a pintura que tenta imitar a realidade, e tende para a pintura que constrói uma realidade em si mesma. Assim, na primeira década do século, realiza sua “Arte Mediterrânea”, onde a antiguidade clássica ganha vida em tom moderno por sua forte estrutura e caráter plano e sintético. Nesses anos, Torres dedica-se à arte mural, decorando igrejas, casas particulares e edifícios públicos.
A partir de 1916, em um contexto de guerra mundial e convulsões sociais, Torres García experimenta uma mudança vital e artística que ficou conhecida como “a crise de 17”. A cidade, as pessoas e o ritmo das ruas tornam-se protagonistas de sua obra, e ele se relaciona com artistas de vanguarda como Rafael Barradas e Salvat Papasseit. Em 1920, muda-se com sua esposa e filhos para Nova York. Em suas obras desse período aparecem a tipografia e elementos gráficos que ressoam com o ritmo visual da moderna metrópole.
Quando em 1926 Torres García se instala em Paris, integra-se plenamente às vanguardas e cria o grupo “Cercle et Carré”. Em suas obras construtivas, estrutura o espaço plástico em linhas ortogonais traçadas com base na proporção áurea, desdobrando nelas sinais de ressonância universal. Trata-se, portanto, de encontrar um equilíbrio entre a razão e a intuição.
Em 1934, ele retorna a Montevidéu para se estabelecer definitivamente com a intenção de gerar um movimento artístico baseado nas ideias do Universalismo Construtivo, que transcende os limites da teoria estética para se constituir em uma forma de entender a arte e a vida. Ele ministra inúmeras conferências, edita revistas e livros, realiza audições de rádio. Em 1935, cria a Associação de Arte Construtiva e, em 1942, consolida o Estúdio Torres García. Quando falece em 1949, Torres García é guia e mentor de uma plêiade de jovens pintores.
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