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A 15ª Mostra Cinema e Direitos Humanos (MCDH) chega a Brasília entre os dias 27 e 30 de novembro, com programação gratuita no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Com o tema “Direitos humanos e emergência climática: rumo a um futuro sustentável”, o evento apresenta filmes e debates que abordam a crise ambiental, a justiça climática e os modos de vida sustentáveis de povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, grupos que resistem há séculos à exploração predatória do planeta.
A programação, gratuita e aberta ao público, dialoga com o tema da COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Belém, no Pará. Realizada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a mostra é uma das principais e mais longevas ações da pasta voltadas à educação e cultura em direitos humanos, reconhecendo o audiovisual como ferramenta de transformação social. A edição 2025 tem parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Curso de Cinema e Audiovisual, sob a coordenação geral de Samantha Capdeville, produtora audiovisual e professora do curso. Em Brasília, a realização da Mostra tem parceria com a Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília e o apoio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
A cineasta Sueli Maxakali, liderança do povo Tikmũ’ũn e referência no cinema indígena brasileiro, é a homenageada da 15ª edição. Seu longa mais recente, “Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá” (2025), será exibido na sessão de abertura da Mostra em todas as capitais participantes. O documentário, codirigido com Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna e premiado em festivais como o Festival de Brasília, o CachoeiraDoc e a Mostra Ecofalante, retrata a busca da diretora por seu pai, separado da família durante a ditadura militar.

A programação de filmes em Brasília, com curadoria de Beatriz Furtado e Janaina de Paula, reúne produções que evidenciam a diversidade cultural e ambiental do Brasil. A maioria das obras é dirigida por cineastas indígenas, quilombolas, ribeirinhos e realizadores de diferentes regiões, abordando temas como território, ancestralidade, memória, meio ambiente e resistência.
Entre os filmes exibidos estão “Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá”; “Ainda Há Moradores Aqui”, de Tiago Rodrigues, sobre o desastre urbano causado pela Braskem em Maceió; “Pau D’Arco”, de Ana Aranha, sobre a luta de trabalhadores rurais no Pará; “SUKANDE KASÁKÁ | Terra Doente”, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal, que denuncia os efeitos dos agrotóxicos em terras indígenas no Mato Grosso; e “Faísca”, de Barbara Matias Kariri, acerca da mobilização de mulheres pelo retorno das onças ao território.
A Mostra conta com quatro sessões principais, explorando diferentes dimensões da relação entre humanidade e natureza. A sessão infantil inclui “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa” e outras obras voltadas ao imaginário infantil e à diversidade regional. A sessão Terra/Nêgo Bispo destaca o pensamento quilombola; a Água/Antônia Melo reúne filmes sobre questões hídricas; e a Floresta/Raoni homenageia o líder caiapó, com obras centradas na defesa dos povos indígenas e da Amazônia.
Todos os filmes possuem Libras e Legendagem para Surdos e Ensurdecidos, e as sessões contam com debates acessíveis em Libras.
Como parte da programação, a Mostra Cinema e Direitos Humanos realizou, nas semanas que antecedem as exibições, uma oficina com o tema “Imagens do comum: cinema, educação e direitos humanos”. A atividade foi voltada para educadores, agentes culturais e comunicadores populares. Em Brasília, a oficina foi conduzida pelo realizador audiovisual e educador Pedro B. Garcia, na Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), entre os dias 3 e 5 de novembro.
A oficina tinha como objetivo promover a sensibilização e reflexão crítica sobre a cultura dos direitos humanos por meio da linguagem cinematográfica. A atividade combinava exibição de filmes, exercícios de criação audiovisual e rodas de conversa sobre as imagens produzidas, debatendo como o respeito à dignidade humana também está relacionado às formas de representar diferentes sujeitos e territórios.
Ao longo de encontros que totalizaram nove horas/aula, os participantes foram convidados a se apropriar do cinema como instrumento de afirmação cultural e preservação de saberes e fazeres tradicionais, explorando a relação sensível entre imagem, memória e território. A ação integrou o eixo formativo da Mostra e visava estimular a replicação dessas práticas em espaços educativos e comunitários do Distrito Federal.
A Mostra Cinema e Direitos Humanos é uma estratégia do Governo Federal para a consolidação da educação e da cultura em Direitos Humanos, entendendo o audiovisual nacional como forte aliado na construção de uma nova mentalidade coletiva para o exercício da solidariedade e do respeito às diferenças.
Criada em 2006, com a finalidade de celebrar o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a mostra amplia e diversifica os espaços de informações e debates sobre direitos humanos, por meio da linguagem cinematográfica, tornando-se instrumento valioso de diálogo e transformação para públicos com pouco ou nenhum conhecimento sobre direitos humanos.
18h – Sessão de abertura
Classificação indicativa: 12 anos
Coffee break
Solenidade
Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá (2024, 90′) – MG/MS
Direção: Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna
14h – Sessão infantil 1
Classificação indicativa: Livre
Amazônia sem Garimpo (2022, 6’34”) – RJ
Direção: Tiago Carvalho e Julia Bernstein
No início do Mundo (2025, 7’46”) – CE
Direção: Camilla Osório
Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa (2025, 90′) – SP
Direção: Fernando Fraiha
18h30 – Sessão Nego Bispo (Terra) + debate
Classificação indicativa: 12 anos
Eu sou Raiz (2022, 7′) – PE
Direção: Cíntia Lima e Lílian de Alcântara
Ainda Há Moradores Aqui (2025, 42’50”) – AL
Direção: Tiago Rodrigues
Pau D’Arco (2025, 89′) – PA
Direção: Ana Aranha
– 14h – Sessão infantil 2 + debate
Classificação indicativa: Livre
Ga vī: a voz do barro (2021, 10’40”) – PR
Direção: Ana Letícia Meira Schweig, Angélica Domingos, Cleber kronun de Almeida,
Eduardo Santos Schaan, Geórgia de Macedo Garcia, Gilda Wankyly Kuita, Iracema Gãh Té Nascimento, Kassiane Schwingel, Marcus A. S. Wittmann, Nyg Kuita, Vini
Albernaz
Òsányìn: O segredo das folhas (2021, 22′) – AL/BA/RJ
Direção: Pâmela Peregrino
Do Colo da Terra (2025, 75′) – MG/MS/AM
Direção: Renata Meirelles e David Vêluz
– 18h30 – Sessão Antônia Melo (Águas) + debate
Classificação indicativa: 10 anos
Kutala (2025, 5′) – MG
Direção: Fabio Martins e Quilombo Manzo
Rio de Mulheres (2009, 21′) – MG
Direção: Cristina Maure e Joana Oliveira
Cerrado, Coração das Águas: Conexão Caatinga (2025, 16’46”) – GO/TO/DF/MT
Direção: Fellipe Abreu e Luis Felipe Silva
As Lavadeiras do Rio Acaraú transformam a embarcação em nave de condução (2021,
12′) – CE
Direção: Kulumym-Açu
Volta Grande (2020, 27′) – PA
Direção: Fábio Nascimento
Rua do Pescador, Nº 6 (2025, 72′) – RS
Direção: Bárbara Paz
– 15h – Sessão Raoni (Floresta) + debate
Classificação indicativa: 14 anos
SUKANDE KASÁKÁ | Terra Doente (2025, 30′) – MT
Direção: Kamikia Kisedje, Fred Rahal
Faísca (2025, 12′) – CE
Direção: Barbara Matias Kariri
Grão (2020, 16′) – MG
Direção: Adriana Miranda
Curupira e a Máquina do Destino (2021, 25′) – AM
Direção: Janaína Wagner
– 19h – Sessão de encerramento
Classificação indicativa: 12 anos
Sede de Rio (2024, 72′) – BA
Direção: Marcelo Abreu Góis
15ª Mostra Cinema e Direitos Humanos em Brasília
Data: 27 a 30 de novembro de 2025
Local: Cinema
Classificação etária: Conforme a programação
Entrada: Gratuita
Realização: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará (UFC)
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