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Teatro

Vou Fazer de Mim um Mundo

Imagem de Calendário

15/05/25 a 01/06/25

Serviço


  • Classificação 16 anosClassificação 16 anos

  • Local

    Teatro

  • Horário

    Quinta a Sábado às 20h | Domingo às 18h30

  • Ingresso

    R$30 (inteira) | R$15 (meia)

Adquirir ingressos Telefone

Sobre o projeto
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O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília traz o espetáculo Vou fazer de mim um mundo, o primeiro monólogo da carreira de Zezé Motta, que estreia no dia 15 de maio e celebra 80 anos dessa que é uma das artistas mais aclamadas do país e que inspira gerações de mulheres negras na luta por espaço, expressão e oportunidades. A temporada em Brasília vai até 01 de junho e segue para o CCBB Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
O espetáculo é uma adaptação para teatro do livro da Dra. Maya Angelou, o best-seller Eu sei porque o pássaro canta na gaiola, lançado em 1969 e que agora chega ao Brasil com dramaturgia e direção de Elissandro de Aquino.

A história que se tornou um clássico, é a primeira das sete autobiografias que a autora publicou. Em Pássaro, Maya apresenta um tocante retrato da comunidade negra dos Estados Unidos durante a segregação dos anos 1930-1940. Nele parece haver um grito silencioso desse pássaro aprisionado que a Dra. Maya Angelou vivenciou e que a tornou ainda mais forte. Como ela mesma cita “O pássaro engaiolado canta com um trinado amedrontado sobre coisas desconhecidas, mas ainda desejadas…”. Angelou foi múltipla: poetisa, escritora, professora, roteirista, cantora, tradutora, atriz e militante. Conviveu com Malcolm X, com James Baldwin, com o pastor Martin Luther King Jr. e se tornou um dos nomes mais aclamados do século 20.

Poética em Cena: Voz, Luz e Blues
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Trata-se de um projeto sutil, valorizando a palavra oral, que bem pronunciada, há de nos salvar de toda a loucura, tensão e extremismo da contemporaneidade. O cenário intimista criado pelo artista plástico Claudio Partes traz uma plantação de algodão, nuvens e um livro, de onde brotam as palavras poeticamente e impetuosamente recitadas por Zezé. A iluminação de Aurélio de Simoni cria uma atmosfera da luz de lampião, pinçando memórias e afetos antigos. O figurino é de Margo Margot e apresenta Zezé com uma paleta amarela, contextualizada ao fim da peça, mas, também, alusão direta a Oxum, seu orixá.

Em cena dois músicos, Mila Moura e Pedro Leal David, multiplicarão o palco tocando arranjos exclusivos forjados no blues e suas variações. A trilha, porém, não se limita à atmosfera dos anos 30/40 do Sul dos Estados Unidos, ao contrário, ela se mescla e abrange um campo nacional ao trazer nossos contemporâneos Dorival Caymmi, Luiz Melodia, Luiz Gonzaga, Milton Nascimento, Caetano Veloso e Seu Jorge.

Segundo Pedro Leal David, que assina a direção musical, “é a confluência de dois rios: Maya Angelou e Zezé Motta. Com suas carreiras atravessadas pela música, é natural que se buscasse em antigas gravações, pistas para esse processo de criação. As musicalidades de Maya e Zezé nos dão notícias distintas sobre como os ritmos, sons e tons da diáspora africana foram abrindo caminho ao longo do século XX, tanto nos Estados Unidos, como no Brasil. Nossa proposta foi deixar esses rios se encontrarem, trazendo o blues pro violão de nylon, como quem levasse Baden Powel para um passeio nas margens do Mississipi, ou como quem imaginasse os Tincoãs numa manhã de domingo, com suas vozes e atabaques, num culto em uma igreja da Louisiana. A Zezé tropicalista (ouça Prazer Zezé, de 1972) e a Maya do Calypso nos dão a ousadia para esse experimento.”

Vou Fazer de Mim um Mundo: O Monólogo de uma Vida
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Zezé, em Vou fazer de mim um mundo, se aventura corajosamente num universo pouco habitual dessa atriz-cantora solar. Nesse espetáculo mais lunar, veremos uma Zezé introspectiva, política, denunciadora das mazelas sofridas por nossos antepassados e, também, dolorida. Zezé pertence àquela categoria de atrizes que sentem profundamente cada palavra, que, quando ditas, estranhamente vão abrindo chagas ou cicatrizando feridas.

Sabiamente o texto finaliza com alegria. Não uma alegria exaltada, do riso, mas uma alegria por ter ao que agradecer, por honrar os ancestrais, uma alegria por aprender com as gerações que é preciso continuar a trajetória sendo a mudança.

Depois de dez anos, ter o retorno de Zezé Motta ao teatro estrelando Vou fazer de mim um mundo, seu primeiro monólogo, é uma forma de celebrar seu octogésimo ano com um acontecimento único e histórico.

Sobre os artistas

Zezé Motta (Atriz e Cantora)

Com mais de 60 anos de carreira, é um ícone da cultura brasileira. Atuou em mais de 70 filmes e 50 produções para TV, com destaque para Xica da Silva. Fundadora do Movimento Negro Unificado, foi homenageada em festivais por todo o Brasil. Também é cantora, com mais de 14 discos lançados e apresentações internacionais.

Maya Angelou (Texto Original)

Poetisa, escritora, atriz, cantora e ativista dos direitos civis nos EUA. Trabalhou com Martin Luther King Jr. e Malcolm X, foi a primeira mulher negra roteirista e diretora em Hollywood, e ganhou destaque mundial com suas obras autobiográficas e recitais, como o feito na posse de Bill Clinton em 1993. Faleceu em 2014.

Elissandro de Aquino (Dramaturgia e Direção)

Psicanalista, professor e dramaturgo, premiado pela UNESCO e indicado ao Prêmio Shell. É autor de diversas obras literárias e audiovisuais e atua em consultorias culturais. Dirigiu espetáculos e filmes com enfoque em cultura afro-brasileira, incluindo Pequena Coreografia do Adeus e Eu Amarelo.

Pedro Leal David (Direção Musical e Arranjos)

Compositor, músico e pesquisador com trabalhos em teatro, cinema e podcast. Assinou trilhas para Praia dos Ossos e Minha Terra Estrangeira. Atua como instrumentista e diretor musical em diversas produções teatrais, com foco na relação entre música e cena.

Claudio Partes (Direção de Arte / Cenografia)

Artista visual premiado, com atuação em exposições, intervenções urbanas e cenografias teatrais. Recebeu prêmios como o Maestro Guerra-Peixe e participou de projetos como Pequena Coreografia do Adeus e Arte Garagem, indicado ao Prêmio Estadual de Cultura/RJ.

Mila Moura (Atriz e Instrumentista)

Nordestina da Maré, é atriz, cantora, preparadora corporal e percussionista. Premiada como melhor atriz e jovem talento, participou de espetáculos como Das Dores e Quem é o Zézinho. Assistente em Eu Amarelo e atualmente integra o projeto Caminhos com textos de Conceição Evaristo.

Aurélio de Simoni (Iluminação)

Referência em iluminação cênica no Brasil, assinou luz para grandes diretores e espetáculos marcantes. Premiado e indicado várias vezes ao Prêmio Shell, tem ampla atuação no teatro brasileiro desde os anos 1980.

Margo Margot (Figurino)

Figurinista e artista visual com mais de 20 anos de experiência. Criadora do Ateliê Cortiço, realizou figurinos para Elza Soares, Zezé Motta e diversas produções teatrais. Indicada ao Prêmio Shell 2023 e vencedora da Incubadora Cultural Petrobras.

Dafinne Santiago (Preparadora Vocal)

Fonoaudióloga especializada em voz, é mestre e doutoranda em oncologia pelo INCA. Atua como preparadora vocal de artistas de teatro musical e música popular, com foco em performance e saúde vocal.

Cátia Costa (Preparadora Corporal)

Atriz, performer e diretora premiada com o Shell 2025, desenvolve pesquisa sobre corpo negro e danças afro-brasileiras em diálogo com o Butoh japonês. É mestre em Artes da Cena pela UFRJ e atua como preparadora de elenco e curadora artística.

Ficha Técnica

Do original Eu sei porque o pássaro canta na gaiola de Maya Angelou
Com Zezé Motta
Dramaturgia e Direção Elissandro de Aquino
Direção Musical Pedro Leal David
Direção de Produção Fabia Rossignoli
Produção Zezé Motta e Vinicius Belo
Músicos Mila Moura e Pedro Leal David
Stand in Mila Moura
Cenografia Claudio Partes
Figurino Margo Margot
Iluminação Aurélio de Simoni
Preparadora Corporal Cátia Costa
Preparadora Vocal Dafinne Santiago
Design, Comunicação e Artes gráficas Partes Estúdio
Foto Divulgação Wagner Loiola
Maquiagem e cabelo André Florindo
Assessoria de Imprensa Conteúdo Comunicação
Produção local Raquel Fonseca
Auxiliar de produção Pablo Rodrigues
Operador de Som Max Paulo
Operador de Luz Lemar Resende
Costureira Maria de Fatima Monteiro
Consultoria Jurídica Alessandra Ulrich
Produção Viramundo

Serviço

Vou fazer de mim um mundo
Local: Teatro
Temporada: de 15 de maio a 01 de junho
Horário: quinta a sábado, às 20h | domingo, às 18h30
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: não indicado para menores de 16 anos
Ingresso: R$ 30 (inteira) | R$ 15 (meia)

Ingressos à venda no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília, a partir das 12h. Ingressos liberados às quartas-feiras, às 12h, a partir de 07/05.

22/05 (qui): sessão com acessibilidade em Libras
29/05 (qui): sessão com bate-papo após o espetáculo

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