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Aberto
Teatro CCBB
Quinta a sábado, 19h30 | Domingo, 17h
R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada)
Comédia dramática sobre uma consagrada atriz de teatro que vai morar com sua filha, médica, e seu genro, um delegado de polícia, num condomínio em Botafogo. Desempregada há 3 anos, Alma Duran sonha em montar “O Jardim das Cerejeiras”. Ao enfrentar dificuldades para montar o espetáculo, ela conhece um desconhecido no playground do prédio, que afirma ser Anton Tchekhov, e que passa a ajudá-la. Protagonizada por Maria Padilha em texto original de Pedro Brício e direção de Georgette Fadel, a peça mistura Brasil e Rússia em uma trama que discute, com bastante humor, os tempos de intolerância vividos no país Integram ainda o elenco Leonardo Medeiros, Erom Cordeiro, Olivia Torres e Iohanna Carvalho. Este projeto conta com incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Transitando entre a comédia, o lirismo e o drama, o texto inédito de “Um Jardim para Tchekhov”, assinado por Pedro Brício, narra a história de uma consagrada atriz de teatro, Alma Duran, vivida por Maria Padilha, que vai morar com sua filha, a médica Isadora (Olivia Torres), e seu genro Otto, um delegado de polícia (Erom Cordeiro), em um condomínio em Botafogo, no Rio de Janeiro. Brício está indicado ao Prêmio Shell de Teatro 2024, pela dramaturgia da obra. O resultado será anunciado em março de 2025. Desempregada há três anos, ela começa a dar aulas de teatro para a estudante Lalá (Iohanna Carvalho), enquanto sonha em montar “O Jardim das Cerejeiras”. Ao enfrentar dificuldades para realizar o espetáculo, ela conhece um desconhecido no playground do prédio, que afirma ser Anton Tchekhov (Leonardo Medeiros), que passa a ajudá-la.
Os limites entre realidade e ficção, comédia e drama, passado e presente, Brasil e Rússia, vão se misturando, numa trama que discute – com bastante humor – os tempos de intolerância vividos no país. Embora o espetáculo evoque o autor russo, o texto não é inspirado nele, conta Pedro Brício. “O tom tchekhoviano está na dualidade de emoções, nas tensões sociais, na aridez da violência, na intolerância. Por outro lado, há o afeto, a beleza, situações patéticas, risadas. É uma mistura de sentimentos, é sobre rir das nossas dores”.
Por mais que a Alma Duran esteja passando por uma situação difícil, lidando com o fracasso, com a falta de dinheiro, não perde a capacidade de sonhar, de inventar um futuro. Ela planta cerejeiras em um jardim abandonado do condomínio, em pleno Rio de Janeiro. São esses elementos que trazem para perto do público o que, aparentemente, estaria distante no tempo e no espaço, como a obra de um autor russo que viveu entre o século XIX e o XX.
A diretora da peça, Georgette Fadel, conta que “o autor é geralmente lido do ponto de vista psicológico, das relações sociais, mas ele tem uma vertente de humor muito importante, a qual a equipe escolheu ressaltar. ‘O Jardim das Cerejeiras’, por exemplo, é uma comédia, mas ficou conhecida na montagem do diretor russo Constantin Stanislavski, que insistiu em encená-la como um drama, o que conferiu a ela essa pecha”.
Dramaturgia: Pedro Brício
Direção Artística: Georgette Fadel
Elenco / Personagem:
Maria Padilha – Alma Duran
Leonardo Medeiros – Anton Tchekhov
Erom Cordeiro – Otto
Olivia Torres – Isadora
Iohanna Carvalho – Lalá
Interlocução de dramaturgia: André Emídio e Maurício Paroni de Castro
Iluminação: Maneco Quinderé
Cenário: Pedro Levorin e Georgette Fadel
Figurino: Carol Lobato
Trilha sonora: Lucas Vasconcellos
Preparação corporal: Marcia Rubin
Designer gráfico: Luiz Henrique Sá
Fotos de divulgação: Filipe Costa, Guto Muniz e Renato Mangolin
Assistência de Direção: Bel Flaksman
Operação de luz: João Gaspary
Operação de som: Rafael Emerich
Contrarregra: Wallace Lima
Coordenação administrativo-financeira: Letícia Napole e Alex Nunes
Assistência de produção: Luciano Pontes
Produção executiva: Ártemis
Direção de produção: Silvio Batistela
Produção: Cena Dois Produções Artísticas
Produção local: BaLuMa – Soluções em Projetos
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Patrocínio: Banco do Brasil e Governo Federal
Assessoria de imprensa: Território Comunicação, Rodrigo Machado
Pedro Brício, autor
Pedro Brício é autor, diretor e ator, e um dos mais produtivos e premiados dramaturgos brasileiros dos últimos 20 anos. Escreveu e dirigiu as peças “King Kong Fran” (em parceria com Rafa Azevedo), “O Condomínio”, “Me salve, musical!”, “Trabalhos de amores quase perdidos”, “Cine-Teatro Limite”, “A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica”. Recebeu alguns dos principais prêmios do país pelo seu trabalho, como Shell, Questão de Crítica, Contigo e APCA. Tem textos traduzidos para o inglês, espanhol, alemão. Participou da Feira Internacional do Livro de Frankfurt, da Semana de Dramaturgia Contemporânea, em Guadalajara, e da mostra Una mirada al mundo, no Centro Dramatico Nacional, em Madri. Escreveu e dirigiu os musicais “Icaro and the black stars” e “Show em Simonal”. Como diretor, além dos seus próprios textos, encenou peças de Samuel Beckett, Edward Albee, Rafael Spregelburd, Patricia Melo e Hilda Hilst.
Georgette Fadel, diretora
Georgette Fadel é diretora e atriz de formação acadêmica. Durante os anos 90 se engaja e faz parte do florescimento de um forte movimento de grupos na cidade de São Paulo. Participa da fundação de companhias como Cia do Latão, Núcleo Bartolomeu de depoimentos e Cia São Jorge de Variedades, onde dirigiu e atuou em diversos espetáculos marcantes do movimento estético da virada do século como “O nome do Sujeito”, “Bartolomeu que será que nele deu”, “Biedermann e os incendiários,” “Bastianas”, “Barafonda”, “Quem não sabe mais quem é, o que é onde está , precisa se mexer”. Como atriz foi dirigida por Cristiane Paoli Quito, Tiche Viana, Francisco Medeiros, Cibele Forjaz, Frank Castorf, Felipe Hirsch, Daniela Thomas. Como professora, lecionou em escolas como ELT, EAD Estúdio Nova Dança. Sua trajetória é profundamente ligada à construção da performer livre e consciente dos movimentos do seu tempo.