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Teatro

KINTSUGI, 100 memórias

Imagem de Calendário

22/08/25 a 15/09/25

Serviço


  • Classificação 14 anosClassificação 14 anos

  • Local

    Teatro II 

  • Horário

    Sexta a segunda, às 19h  

  • Ingresso

    R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia) 

Entre os dias 22 de agosto e 15 de setembro, o CCBB BH recebe o espetáculo “KINTSUGI, 100 memórias”. Inspirada por investigações sobre o Alzheimer, a montagem mais recente do LUME Teatro propõe uma jornada poética e fragmentada por memórias coletivas do Brasil (da ditadura à redemocratização), memórias pessoais e também do próprio grupo, idealizado em 1985 por Luís Otávio Bournier. 

No palco, o público encontra uma obra autoficcional e desconstruída, que apresenta, de forma não linear, um inventário de cem memórias. A narrativa é entrelaçada por objetos reais que resistiram ao tempo: relíquias de família, fotografias, diários, moedas, revistas e roupas. 

Com direção do argentino Emilio García Wehbi (El Periférico de Objetos) e dramaturgia de Pedro Kosovski, vencedor dos prêmios Shell, APCA e APTR, a peça parte de uma curiosa reportagem sobre Angostura, povoado colombiano onde mais de 12% dos 12 mil habitantes apresentam uma mutação genética que provoca uma forma rara e precoce de Alzheimer. Essa descoberta acendeu a inquietação do grupo, tornando-se ponto de partida para a criação da obra. 

Durante meses, os artistas Jesser de Souza, Ana Cristina Colla, Raquel Scotti Hirson e Renato Ferracini conduziram uma profunda pesquisa de campo, com visitas a alas neurológicas, entrevistas com especialistas, familiares e pacientes com demência. Ao longo do processo, a doença deixou de ser apenas objeto de estudo para se tornar metáfora: o esquecimento involuntário se transformou em reflexão sobre a escolha consciente de esquecer e lembrar. 

A trilha sonora, elemento-chave da dramaturgia, tem papel sensorial e conceitual: estudos apontam que músicas familiares podem ativar memórias que contornam áreas do cérebro afetadas pelo Alzheimer. Em cena, o público assiste a três noturnos de Chopin, na interpretação de Brigitte Engerer, transformados e processados eletroacusticamente por Janete El Haouli e José Augusto Mannis, que assinam o desenho sonoro da peça. Ao longo da criação, o LUME também contou com colaborações artísticas do performer Flávio Rabelo e da coreógrafa e bailarina Jussara Miller, que trouxeram provocações cênicas ao processo. 

A estreia em Belo Horizonte marca também a celebração dos 40 anos do LUME Teatro, sediado em Barão Geraldo (Campinas - SP), que se consolidou como referência internacional em pesquisa e criação nas artes cênicas, com mais de 20 espetáculos apresentados em 30 países.  

“KINTSUGI, 100 memórias” tem duração de 120 minutos e fica em cartaz no Teatro II, de sexta a segunda, sempre às 19h. Os ingressos serão vendidos a R$30 (inteira) e R$15 (meia), a partir de 13/08 (quarta), no site ccbb.com.br/bh e em nossa bilheteria. Clientes Banco do Brasil pagam meia-entrada ao efetuarem o pagamento com cartão Ourocard.  

Aos sábados, as sessões contam com interpretação em Libras. 

Ações gratuitas


    Associada à temporada em Belo Horizonte, o LUME oferece ainda uma programação com três ações gratuitas. No dia 23/08 (sábado), às 15h, ocorre a exibição do vídeo-desmontagem “Eu me lembro: Flanando por Kintsugi – 100 memórias”, seguida de conversa com o elenco. A proposta do vídeo é “descosturar” para o público o processo de pesquisa e criação da obra, que estreou em maio de 2019. Para assistir ao vídeo-desmontagem, é necessário retirar o ingresso gratuito, disponível em breve no site ccbb.com.br/bh. 

    No dia 30/08 (sábado), também às 15h, Renato Ferracini ministra a palestra/conferência “Presença, Corpo e Coletividade”, na qual busca pensar o corpo e a presença cênica como enlace poético, ético e coletivo entre ator/público/espaço/tempo. Para participar, é necessário se inscrever via formulário. 

    No dia 06/09 (sábado), será realizado, após o espetáculo, o bate-papo “Sobre memórias, processos e singularidades”, em que os atores do LUME discutem sobre memória como lugar de invenção e não como arquivo, propondo à plateia a seguinte questão: o que o público não gostaria de não esquecer? Para participar não é necessário retirar ingresso. 

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