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Aberto
Foto: Angélica Goudinho
Teatro I
Sexta a segunda
R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Entre os dias 11 de abril e 5 de maio, o CCBB BH recebe o espetáculo "Mata Teu Pai, Ópera Balada". Idealizada por Grace Passô, a montagem é uma livre adaptação do mito de Medeia, que amplia as reflexões sobre o feminino e o sentimento de pertencimento.
Na trama, Medeia, interpretada por Marina Mathey, peregrina entre os escombros de uma cidade e sente na pele a condição de imigrante e excluída. Seu caminho é atravessado por outras mulheres expatriadas de diferentes culturas – uma síria, uma cubana, uma judia e uma haitiana – gerando uma forte cumplicidade entre elas, que questionam a sociedade, a violência e a intolerância. A montagem inclui também uma personagem paulista, interpretada por um coro.
Ao contrário da tragédia original, Medeia compreende que Glauce, filha de Creonte, é tão oprimida quanto ela e não merece a morte. Ambas foram fundamentais para os homens crescerem como seres humanos, mas, apesar disso, foram usadas e traídas. Assim, a narrativa sugere que quem deve morrer é Ele, uma alusão direta ao patriarcado.
A peça é um desdobramento de “Mata Teu Pai”, espetáculo de 2017 estrelado por Debora Lamm. Agora, a música assume papel central, transformando a obra em uma ópera balada – gênero do século XVIII que combina melodias populares com diálogos falados. Parte do texto de Grace Passô tornou-se um libreto musicado por Vidal Assis, com 11 movimentos executados ao vivo pelo musicista Felipe Gali e pelas atrizes e cantoras.
A montagem tem duração de 70 minutos e fica em cartaz no Teatro I, de sexta a segunda, sempre às 20h30. Os ingressos são vendidos a R$30 (inteira) e R$15 (meia) pelo site ccbb.com.br/bh e em nossa bilheteria. Clientes Banco do Brasil pagam meia-entrada ao efetuarem o pagamento com cartão Ourocard.
Nos dias 12/04 e 03/05 (sábados) haverá bate-papo após o espetáculo.
No dia 26/04 (sábado) a sessão contará com tradução em Libras.
No dia 03/04 (sábado) a sessão contará com audiodescrição.
Data: 12/04 (sábado), após o espetáculo
Mediação: Fredda Amorim | Convidada: Vina Jaguatirica
Sinopse: Este primeiro encontro discute as presenças e produções de corpas dissidentes nas artes cênicas contemporâneas. Como essas corpas reinventam a cena e ressignificam espaços históricos de negação de presença? Como a performatividade trans se manifesta e materializa em processos de criação e ocupação teatral a partir do protagonismo trans? Fredda Amorim, artista e pesquisadora, conduz a conversa junto de Vina Jaguatirica, trazendo perspectivas sobre corporeidade, representatividade e resistência na cena contemporânea de Belo Horizonte.
Sobre Fredda Amorim: Fredda Amorim é artista, professora, produtora cultural e pesquisadora. Travesti preta de Axé, transita entre artes cênicas, performance, história e produção cultural. Fundadora da SHOWME Produções, a primeira empresa de produção artística e cultural no Brasil sob gestão de uma travesti, coordena projetos como “Corpreto”, “Universo Negro” e “Jesus era um Rebelde”. Sua trajetória se entrelaça com coletivos como MICA, Queerlombos e Academia Transliterária, espaços de fabulação e resistência para corpos pretos e transviados. Mestra em Artes Cênicas (PPGAC-UFOP) e doutoranda na UDESC, investiga o Cuirlombismo e a Transcestralidade como tecnologias de (re)existência no tempo espiralar, buscando caminhos para um futuro que honre suas raízes ancestrais.
Sobre Vina Jaguatirica: Vina Jaguatirica é artista, Mestra em Artes da Cena, performer, dançarina, provocadora social e pesquisadora do corpo. É residente das festas “Avulsa”, “Horny”, “Mokado” e “Mientras Duras”. Pesquisa as relações entre a dança Butô e as metáforas da doença, da morte e do luto. Suas produções transitam entre as transmutações das peles e a dança da carne para a expansão do corpo. Reside na cidade de Belo Horizonte e já performou nas principais festas e espaços da capital mineira, assim como em Portugal, França, Ouro Preto, São Paulo e Santa Catarina. É colaboradora da Plataforma Queerlombos e do Coletivo Anticorpos. Atualmente, é criadora e produtora da @acha.com.br.
Data: 03/05 (sábado), após o espetáculo
Mediação: Marina Mathey | Convidado: Nilo Ybyra
Sinopse: O segundo encontro aborda a reimaginação de mitos e textos clássicos sob novas perspectivas. Como corpos e vozes dissidentes podem subverter narrativas hegemônicas? Como a recriação de clássicos pode servir como ferramenta de questionamento e transformação social? A atriz e cantora Marina Mathey, protagonista de “Mata Teu Pai”, media a conversa ao lado de Nilo Ybyra, artista cênico e poeta, explorando como suas trajetórias artísticas lidam com
a revisão de referências e tradições.
Sobre Marina Mathey: Marina Mathey é atriz, cantora e diretora, com trajetória no teatro desde 2006. Formada pela Escola de Arte Dramática (EAD-USP), sua pesquisa transita entre performance, música, audiovisual, dança e teatro. Em 2022, tornou-se a primeira travesti a ganhar o Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Atriz Coadjuvante em Musicais. No cinema e TV, integrou elencos de produções como “3%” (Netflix) e “Pico da Neblina” (HBO Max). Lançou o álbum “Boneca Pau Brasil” e dirigiu o clipe da faixa-título. Também fundou o Coletivo Transviadas Libertárias, investigando performances urbanas sobre dissidências sexuais e de gênero. Faz parte do elenco de Mata teu Pai.
Sobre Nilo Ybyra: Nilo Ybyra é transmasculino, autista, professor, arte-educador, músico, artista cênico e escritor de Belo Horizonte, campeão mundial de poesia falada (Slam). Ator e dramaturgo, é membro da Cia 5só de teatro, pioneira no conceito de teatro poético-marginal. Tem dois livros e duas antologias publicados pela editora Venas Abiertas, uma antologia pela editora Elle Elu, um livro infanto-juvenil pela editora Terê e 22 Zines de produção independente.
Data: 02/05 (sexta), das 13h às 16h
Público-alvo: Atrizes e atores, dançarinas e dançarinos, performers e estudantes de teatro, maiores de 18 anos. Vagas preferencialmente para pessoas trans e/ou não binárias.
Sinopse: “Do Encontro à Cena” propõe uma imersão na memória como símbolo de acolhimento, explorando sua relação com a criação cênica. A partir de experiências pessoais e coletivas, os participantes serão estimulados a construir cenas por meio de jogos teatrais, dinâmicas de criação, improvisação e composições cênicas. A orientação da oficina é de Inez Viana.
A atividade também abordará o teatro como um espaço simbólico e ilimitado de expressão artística, explorando a metalinguagem e sua capacidade de revelar novos significados. Além disso, serão indicadas leituras de textos teóricos e dramáticos para aprofundamento.
Inscrições: Até o dia 01/05 (quinta), via formulário. Vagas limitadas.
Texto: Grace Passô
Direção: Inez Viana
Performance Medeia: Marina Mathey
As Vizinhas: Eme Barbassa, Jade Maria Zimbra, Lux Nègre e Warley Noua
Trilha ao vivo: Felipe Gali
Composições originais: Vidal Assis
Direção Musical: Barulhista
Iluminação: Sarah Salgado e Guilherme Soares
Cenário: Ailton Barros
Figurino: Kleber Montanheiro