Cinemateca do MAM no CCBB

Serviço

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  Cinema II

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  Entrada gratuita. Retirada de ingressos a partir das 9h, no dia da sessão.

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Sessões de abril

Tempos de globalização

Globalização é um termo que todos conhecem, todos falam, mas poucos sabem indicar claramente do que se trata. Processo histórico de expansão e troca de bens, capital e conhecimento que ganhou força a partir do fim do Bloco Soviético, cujo cinema foi apresentado parcialmente na mostra “O cinema da Cortina de Ferro”, mês passado, a mundialização econômica e cultural foi enormemente incrementada pela introdução da web em 1993 e pela reinvenção do mercado financeiro e seus novos produtos na passagem ao século XXI.

Em sua face mais visível é simplesmente o mundo “digital” atual. De forma mais ampla, é o conjunto de fenômenos, comportamentos, deslocamentos, crenças e ameaças que compõem a nova percepção do tempo e do espaço planetários, explorado aqui através de 22 produções audiovisuais, em sua maioria produzidas no século XXI.

O cinema vindo de Łódź

Pequeno ciclo dedicado aos diretores egressos da Escola Nacional de Cinema e Teatro Leon Schiller, estabelecida em 1948 nessa cidade polonesa muito por iniciativa do teórico e educador Jerzy Toeplitz. A instituição foi berço da primeira grande geração de cineastas poloneses do pós-Segunda Guerra Mundial e viria a se tornar o epicentro cultural do país.

Em pouco mais de 15 anos de atividade, passaram pelo curso de direção cinematográfica da Escola nomes como Andrzej Wajda, Andrzej Munk, Jerzy Kawalerowicz, Janusz Morgenstern e Roman Polanski, integrantes da chamada “Escola Polonesa de Cinema” e, já nos anos 1960, Jerzy Skolimovski, Krzysztof Zanussi e Krzysztof Kieslowski, associados ao chamado “Cinema da Ansiedade Moral”. Com o retrocesso instaurado pela ascensão de Brejnev na URSS em 1964, vários cineastas acabam partindo para o exílio e desenvolvem suas carreiras em outros países.

Zé Umberto - Todos os Suportes

Seleção de obras do cineasta Zé Umberto, que ao longo da carreira explora diferentes formatos e suportes em uma filmografia eclética e representativa do cinema produzido na Bahia, com destaque para "Revoada - Última Vingança do Cangaço", um dos últimos filmes nacionais produzidos em formato 35mm, relançado em suporte digital no ano de 2024.

Sergipano de Boquim, Zé Umberto foi ainda criança para Feira de Santana, no interior da Bahia, chegando a Salvador em 1965, já no contexto da ditadura militar instaurada no ano anterior. Inicia-se no Super-8 com o curta "O Forte" (1967). Com André Luiz Oliveira passa ao 16mm e assina o curta "Doce Amargo" (1968). Junto com André, Orlando Senna, José Frazão e Álvaro Guimarães, volta seu cinema contra a “tradicional família baiana”, do qual o clássico maior é o famoso "Meteorango Kid" (1969). Já nos anos 1970, dirige um terceiro curta 16mm, "Vôo interrompido" (1970/1971) e dirige O Anjo Negro (1972). O cineasta continua desenvolvendo um trabalho que intercala suportes diversos e incorpora formatos analógicos e digitais do suporte videomagnético a partir dos anos 1990. Chega ao século XXI como um dos últimos cineastas brasileiros a lançar um longa metragem em 35mm, "Revoada " (2004/2008).