22/08, Sexta-feira
19h, Sessão de Abertura: Os Três Desaparecimentos de Soad Hosni [Three Disappearances of Soad Hosni], de Rania Stephan (Líbano, 2011, 70’). Sessão com acessibilidade (Legenda descritiva).
Os Três Desaparecimentos de Soad Hosni é uma elegia arrebatadora a uma era rica e versátil da produção cinematográfica no Egito, por meio do trabalho de uma de suas atrizes e estrelas mais reverenciadas desse país: Soad Hosni, que, do início dos anos 1960 até os anos 90, incorporou a mulher árabe moderna em sua complexidade e paradoxos.
23/08, Sábado
13h, Sessão de Curtas-metragens (96’)
Danos Para Gaza, “A terra das laranjas tristes” (Ghassan Kanafani) [DAMAGE, For Gaza, “The land of Sad oranges” (Ghassan Kanafani)], de Rania Stephan (Líbano, 2019, 2’).
Um filme bem pequeno sobre violência, com flamenco, sem um dançarino, e por Gaza, “a terra de laranjas tristes”, como diria o escritor palestino Ghassan Kanafani.
Memórias Para Um Detetive [Memories for a private eye], de Rania Stephan (Líbano, 2015, 31’).
Ao evocar a linguagem do cinema noir, o filme investiga um arquivo pessoal, colocando em primeiro plano um detetive fictício que ajuda a desvendar memórias profundas e traumáticas.
Trem-Trens 1: Onde está o trilho? [Train-Trains 1: Where‘s The Track], de Rania Stephan (Líbano, 1999, 33’).
Uma jornada poética seguindo o vestígio da antiga linha férrea construída pela França em 1896, que ligava Beirute a Damasco, abandonada hoje em dia; uma visão pessoal do pós-guerra no Líbano.
Trem-Trens 2: Um Desvio [Train-Trains 2: A bypass], de Rania Stephan, (Líbano, 199-2017, 30’).
Um road movie pelos antigos trilhos ferroviários costeiros, construídos pelos britânicos em 1942, que ligava o Líbano à Palestina ao sul, Síria e Turquia com o norte; uma extensão do Expresso Oriente e as Linhas Egípcias, hoje fora de serviço. Originalmente filmado em 1999 como uma visão
pessoal do Líbano pós-guerra civil, o filme foca em moradores que vivem perto de estações abandonadas, dando voz a pessoas muitas vezes ignoradas. Ao incorporar fotos Polaroid em imagens em movimento, o filme também evoca a memória e seus mecanismos, tornando-se, assim, uma interrogação sobre o que aconteceu entre eles, antes e agora.
15h, Sessão de Curtas-metragens | seguida de sessão comentada por Hadi Bakkour (108’).
Amor Trançado [Braided Love], de Rand Abou Fakher (Bélgica, 2018, 24’).
Trechos de um dia na vida de duas mulheres, mãe e filha, mostram as complicações de um relacionamento construído sobre uma dor que nunca foi enfrentada, mas que agora precisa ser elaborada de alguma forma.
Um Retrato de Michel [A Portrait of Michel], de Christine Gedeon (EUA, Alemanha, 2024, 44’).
Uma investigação sobre o tio da artista Christine Gedeon, Dr. Michel Saadé, que foi sequestrado em Damasco em 1978 pelo regime de Hafez al-Assad e nunca mais foi visto. Após encontrar uma bolsa pertencente a Michel contendo seus diversos objetos, documentos e pedaços de papel, Gedeon criou este filme, que combina fotografias desses “Objetos de Evidência” com entrevistas em voice-over com familiares, além de fotografias antigas, músicas e filmagens de arquivo da família em 8mm. Gedeon reconstrói sua vida e desaparecimento por meio dessas memórias fragmentadas e documentos encontrados.
Entrelaçado com imagens comoventes em 8mm de momentos familiares alegres na Síria e no Líbano em 1946, o filme justapõe a felicidade do passado ao peso duradouro da perda e da história não resolvida. Reconstruindo um mistério de crime real que cruza com a política contemporânea, Um retrato de Michel reflete a determinação de Gedeon em chegar à verdade, enquanto sua abordagem criativa ao material esparso deixa para que espectador decifre a conclusão.
17h, Não Mais Preferimos Montanhas [We no longer prefer mountains], de Inas Halabi (Palestina, Holanda, Bélgica, 2023, 95’) | seguida de sessão comentada por Nina Lua (140’).
O filme começa com uma subida ao Monte Carmelo, onde estão localizadas as cidades drusas de Dalyet el Carmel e Isfiya, levando o espectador a um mundo de isolamento geográfico e a um local moldado pela coerção e pelo controle. Entrelaçando interações íntimas com membros da comunidade em espaços domésticos compartilhados e ambientes externos, o filme explora como as políticas internas dos drusos foram reconfiguradas e remodeladas desde 1948, ao mesmo tempo em que abre possibilidades para imaginar futuros alternativos.
24/08, Domingo
15h, Sessão Solidariedade Brasil-Árabe (98’) | seguida de sessão comentada por Edd Wheeler Sessão com acessibilidade (Legenda descritiva) e intérprete de Libras nos comentários. 12 anos
Hip Hop com Dendê, de Fabíola Aquino e Lilian Machado (Brasil, 2006, 15’).
Reflexo do movimento que ganha milhares de adeptos no mundo, o hip hop chega à Bahia e conquista grande parte da sua juventude periférica, que mistura os elementos – grafite, break, rap, DJ, MC e o “pensamento” – com as expressões artísticas locais. Juntos descobrem formas alternativas de se comunicar e falar para os seus, por meio de rádios comunitárias, jornal comunitário, internet e em especial o boca a boca.
Slingshot Hip Hop, de J. Reem Salloum (Palestina, 2008, 83’).
Documentário sobre o surgimento e a evolução do Hip Hop palestino, unindo as narrativas de jovens artistas resilientes que navegam pela vida em Gaza, na Cisjordânia e na Palestina 48, enquanto eles mergulham no mundo do Hip Hop e aproveitam seu poder como uma ferramenta transformadora, superando as barreiras impostas pela ocupação e pela pobreza.
17h30, Sessão de Curtas-metragens (94’) 16 anos
Já mortos [déjà morts], de Ghada Sayegh (Líbano, 2024, 7’).
Primavera de 2020 – durante o isolamento eu tinha o hábito de pegar o carro para uma volta nas adjacências do porto de Beirute. Depois de 4 de agosto, não era mais possível fazer essa rota. Ainda assim, eu a fiz, às vezes ia até lá e ousava filmar, mas não o porto. Apenas um prédio em frente. Hoje, as palavras do primeiro fragmento de uma coleção de poemas The End of the World Has Already Occurred ressurgem nas imagens desse prédio.
Dançando a Palestina [Dancing Palestine], de Lamees Almakkawy (Reino Unido, Palestina, 2024, 37’).
Dançar é relembrar, dançar é rememorar. Enquanto a identidade palestina continua sendo ameaçada de apagamento, palestinos se voltam para a sua dança folclórica, a dabke, como uma homenagem a sua história e cultura, e para afirmar sua existência. Dançando a Palestina é a documentação da corporificação de uma memória coletiva. Assim como se junta as peças da coreografia dabke, juntam-se também suas identidades. A dabke é o testamento do profundo amor dos palestinos pela vida, e dessa forma, é também a necessidade de contribuir para o arquivo da Palestina, para que ele permaneça vivo no presente e nos corpos moventes.
Neo Nahda, de May Ziadé (Reino Unido, 2023, 12’).
Mona, uma jovem em Londres, encontra uma fotografia antiga de uma mulher árabe crossdresser nos anos 20. Em um ponto, entre as suas fantasias e a realidade, ela começa uma intensa jornada de descoberta de histórias perdidas e de sua própria identidade.
A canção da besta [Beast Type Song], de Sophia Al-Maria (França, Reino Unido, 2019, 38’).
O filme tem como pano de fundo a ficção científica de uma batalha solar, evocada por Etel Adnan em seu poema The Arab Apocalypse. Assim como Adnan usa desenhos e símbolos para comunicar o que não pode ser expresso em palavras, Sophia Al-Maria explora a revisão da história por meio de uma nova linguagem de desenhos, movimento e música que cria uma modulação de sons e imagens contra-hegemônicas. Seus protagonistas refletem sobre as narrativas e línguas que herdaram, e sobre a violência que enfrentam como filhos de legados coloniais. O filme resulta em uma rota de fuga das narrativas dominantes de um passado opressor.
25/08, Segunda-feira
18h45, Sessão de curtas-metragens (70’)
Ismail, de Nora Alsharif (Jordânia, Palestina, Reino Unido, Catar, 2013, 28’).
Inspirado por um dia na vida do pintor palestino Ismail Shammout, Ismail conta a história comovente de um jovem que luta para sustentar seus pais após a Nakba, leia-se, após a expulsão de várias famílias para um campo de refugiados em 1948, imposição das forças israelenses. Apesar da vida miserável e das condições precárias, ele se apega ao sonho de ir a Roma para aprender pintura. Um dia, depois de vender bolos na estação de trem com seu irmão mais novo, eles entram descuidadamente em um território onde a fronteira entre vida e morte se torna muito frágil.
Barco de Tolos [Ship of Fools], de Alia Haju (Alemanha, Líbano, 2024, 30’).
Alia e os monstros que a acompanham desde a infância estão familiarizados com as imagens de destruição e ruína que cercam Beirute. Nascer em um contexto de guerra cria certos escudos – mas também deixa para trás vulnerabilidades e mundos interiores particulares. Em um desses mundos, Alia conhece Abu Samra, um homem que treina para se tornar um super-herói a fim de salvar Beirute de seus muitos perigos. Abu Samra carrega seus próprios monstros, mas, de dentro do reino da imaginação, oferece vislumbres de resistência – até mesmo para a própria cineasta, que entra em cena.
Purê de Batatas [Mashed Potatoes], de Suha Araj (EUA, 2024, 13’).
Enquanto se preparam para um piquenique de Ação de Graças com os amigos, um casal árabe discute sobre os méritos discursivos de um jornalista muito citado após os ataques de 11 de setembro. Surge a questão: que tipos de violências são produzidas quando a retórica do inimigo é introjetada por quem sofre, na pele, a violência colonial?
27/08 , Quarta-feira
18h30, Sessão de curtas-metragens (94’) 16 anos
Já mortos [déjà morts], de Ghada Sayegh (Líbano, 2024, 7’).
Primavera de 2020 – durante o isolamento eu tinha o hábito de pegar o carro para uma volta nas adjacências do porto de Beirute. Depois de 4 de agosto, não era mais possível fazer essa rota. Ainda assim, eu a fiz, às vezes ia até lá e ousava filmar, mas não o porto. Apenas um prédio em frente. Hoje, as palavras do primeiro fragmento de uma coleção de poemas The End of the World Has Already Occurred ressurgem nas imagens desse prédio.
Dançando a Palestina [Dancing Palestine], de Lamees Almakkawy (Reino Unido, Palestina, 2024, 37’).
Dançar é relembrar, dançar é rememorar. Enquanto a identidade palestina continua sendo ameaçada de apagamento, palestinos se voltam para a sua dança folclórica, a dabke, como uma homenagem a sua história e cultura, e para afirmar sua existência. Dançando a Palestina é a documentação da corporificação de uma memória coletiva. Assim como se junta as peças da coreografia dabke, juntam-se também suas identidades. A dabke é o testamento do profundo amor dos palestinos pela vida, e dessa forma, é também a necessidade de contribuir para o arquivo da Palestina, para que ele permaneça vivo no presente e nos corpos moventes.
Neo Nahda, de May Ziadé (Reino Unido, 2023, 12’); A canção da besta [Beast Type Song], de Sophia Al-Maria (França, Reino Unido, 2019, 38’).
Mona, uma jovem em Londres, encontra uma fotografia antiga de uma mulher árabe crossdresser nos anos 20. Em um ponto, entre as suas fantasias e a realidade, ela começa uma intensa jornada de descoberta de histórias perdidas e de sua própria identidade.
A canção da besta [Beast Type Song], de Sophia Al-Maria (França, Reino Unido, 2019, 38’).
O filme tem como pano de fundo a ficção científica de uma batalha solar, evocada por Etel Adnan em seu poema The Arab Apocalypse. Assim como Adnan usa desenhos e símbolos para comunicar o que não pode ser expresso em palavras, Sophia Al-Maria explora a revisão da história por meio de uma nova linguagem de desenhos, movimento e música que cria uma modulação de sons e imagens contra-hegemônicas. Seus protagonistas refletem sobre as narrativas e línguas que herdaram, e sobre a violência que enfrentam como filhos de legados coloniais. O filme resulta em uma rota de fuga das narrativas dominantes de um passado opressor.
28/08, Quinta-feira
16h30, Rainhas [Queens], de Yasmine Benkiran (Marrocos, França, 2022, 83’).
Casablanca, Marrocos.
Zineb escapa da prisão para salvar a filha da custódia do Estado. Mas as coisas rapidamente se complicam quando ela faz Asma, uma motorista de caminhão, como refém. Com a polícia em seu encalço, as três mulheres embarcam em uma fuga perigosa pela Cordilheira do Atlas, suas rochas vermelhas e desertos escaldantes…
18h30, A Casa das Amoras [The Mulberry House], de Sara Ishaq (Síria, Egito, Reino Unido, EUA, Iêmen, 2013, 65’).
Sara cresceu no Iêmen, filha de pai iemenita e mãe escocesa. Na adolescência, sentiu-se cada vez mais sufocada pelas restrições do ambiente e, aos 17 anos, finalmente decidiu se mudar para a Escócia, onde sua mãe atualmente reside. Seu pai, no entanto, só a aprovaria sob a condição de que ela não abandonasse suas raízes iemenitas — uma promessa que ela fez, mas não conseguiu cumprir.
Dez anos depois, em 2011, Sara retorna ao Iêmen como uma pessoa diferente, preparada para enfrentar o lar de seu passado e se reconectar com suas raízes há muito tempo rompidas. Mas, contra todas as expectativas pessoais, ela retorna e encontra sua família e seu país à beira de uma revolução.
29/08, Sexta-feira
16h30, Q, de Jude Chehab (Líbano, EUA, 2023, 93’).
Sinopse
Onde traçamos a linha entre amor e devoção? Um retrato íntimo e assombroso da busca por amor e aceitação a qualquer custo, Q retrata a influência insidiosa de uma ordem religiosa matriarcal secreta no Líbano sobre três gerações de mulheres da família Chehab. A cineasta Jude Chehab documenta com grande impacto os laços tácitos e as consequências da lealdade que uniram sua mãe, avó e ela mesma à misteriosa organização. Um retrato do preço que décadas de amor não correspondido, perda de esperança, abuso e desespero cobram de uma pessoa, Q é um conto multigeracional da eterna busca por significado. Uma história de amor de um tipo diferente, este documentário retrata as complexidades do poder invisível que entrelaça as vidas daqueles que amam uma mulher cujo coração está nas mãos de outra pessoa.
18h30, Sessão Solidariedade Brasil-Árabe | seguida de sessão comentada por Karla Holanda (120’) Sessão com acessibilidade (Legenda descritiva).
A Entrevista, de Helena Solberg (Brasil, 1964, 20’).
A Entrevista, de Helena Solberg, foi filmado em 1964, ano que marcou o início do golpe militar no Brasil. O curta-metragem é o resultado de entrevistas realizadas com várias mulheres entre 19 e 27 anos de idade que são da classe média alta. As entrevistadas falam sobre casamento, sexo, virgindade, fidelidade, felicidade, trabalho e os papéis sociais que são atribuídos ou impostos às mulheres. Por trás destas entrevistas emerge um perfil convencional da mulher brasileira idealizado por questões relacionadas à opressão feminina e à repressão militar vivenciada no país. As lentes de Helena Solberg afirmam a presença da mulher no cinema como protagonista, seja filmando, produzindo ou atuando, sempre de forma autoral. Nesse contexto, A entrevista é um documentário que condensa as aspirações de uma geração e de uma sociedade em contínua transformação.
Fatma 75, de Selma Baccar (Tunísia, 1975, 60’).
Fatma 75 é o primeiro filme de não-ficção realizado por uma mulher tunisiana, censurado até recentemente no seu país de origem. Trata-se de um ensaio feito num contexto de luta pelo direito das mulheres, que revisita o trajeto histórico do estatuto da mulher na Tunísia, de 1930 a 1975, através de Fatma, uma estudante cujo nome alude à designação escolhida pelos colonos para se referirem às mulheres árabes.
30/08, Sábado
14h30, Mesa Redonda: Conversa com a Curadoria [Alia Ayman, Analu Bambirra, Carol Almeida] (90’).
Uma conversa entre o público e as curadoras sobre os filmes exibidos na 5ª Mostra de Cinema Árabe Feminino. Quais temas e discussões atravessaram essas escolhas? Quais perguntas foram discutidas? Por que a exibição de filmes brasileiros esse ano? E, por fim, o que as imagens desta edição carregam e como elas estão implicadas no mundo ao redor? Essa é uma oportunidade para uma troca sobre como escolhas que são feitas durante uma mostra de cinema podem estar conectadas com questões que estão muito próximas de nós.
16h30, Mesa Redonda: Atravessar o horror diante do desejo de vida com o cinema palestino [Fernando Resende, Jo Serfaty. Mediação: Carol Almeida] (90’).
Os diversos modos de atravessar o horror que vive o território palestino nos instigam a pensar as imagens como produtoras de outros tantos modos de viver e resignificar a vida em uma geografia devastada. A música, os laços familiares, o trabalho, as experiências do cotidiano fazem com que o cinema palestino construa narrativas que revelam afetos, resistências e sensibilidades. Há morte e esforços de produção de apagamento, enquanto há, também, vida que persiste — e insiste — entre os escombros. Pode o cinema da Palestina (re)inventar formas de existir e imaginar futuros em territórios marcados pela ruína?
18h30, Sessão de Encerramenro: Um Estado de Devoção [A State of Passion], de Carol Mansour e Muna Khalidi (Líbano, Palestina, Jordânia, Reino Unido, Kuwait, 2024, 90’).
Sessão seguida de sessão comentada por Muna Omran (138’).
Após 43 dias terríveis trabalhando 24 horas por dia sob bombardeio constante nas salas de emergência dos hospitais Al Shifa e Al Ahli, em Gaza, o cirurgião reconstrutivo britânico-palestino, Dr. Ghassan Abu-Sittah, emergiu como um rosto da resistência palestina. Com imagens de sua palidez e choque reverberando pelo mundo, ele falou de horrores insondáveis, desde corpos dilacerados a amputações sem anestesia, crianças órfãs sem família sobrevivente e ataques deliberados a médicos e instalações hospitalares.
Esta foi a sexta e mais cruel “guerra” de Ghassan em Gaza. Por que ele faz isso? Onde ele encontra forças para enfrentá-la repetidamente? Como isso afeta sua família? A resposta reside simplesmente na devoção que compartilham esses médicos: a Palestina.