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Exposição Fullgás_Foto Lua Morales capa

Exposição | Visitação

Fullgás – Artes Visuais e Anos 1980 no Brasil

Imagem de Calendário

18/02/25 a 27/04/25

Serviço


  • Classificação LivreClassificação Livre

  • Local

    Pavilhão | Galeria 3 | Galeria 5

  • Horário

    Terça-feira a domingo das 9h às 21h

  • Ingresso

    Gratuito mediante retirada de ingresso

Adquirir ingressos Telefone

Sobre o projeto
Elder-Rocha

Com Raphael Fonseca como curador-chefe e Amanda Tavares e Tálisson Melo como curadores-adjuntos, a mostra inédita apresentará cerca de 300 obras de mais de 200 artistas de todas as regiões do país, mostrando um amplo panorama das artes brasileiras na década de 1980. Completam a mostra elementos da cultura visual da época, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos icônicos, ampliando a reflexão sobre o período. 

Fullgás, assim como a música de Marina Lima, deseja que o público tenha contato com uma geração que depositou muito de sua energia existencial não apenas no fazer arte, mas também em novos projetos de país e cidadania. Uma geração que, nesse percurso, foi da intensidade à consciência da efemeridade das coisas, da vida”, afirmam os curadores.

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A mostra aborda o período de maneira ampla, reconhecendo que seus questionamentos e impulsos começaram e terminaram além do marco temporal de dez anos que tradicionalmente define uma década. Assim, a exposição cobre o intervalo de 1978 a 1993, tendo como marcos o fim do Ato Institucional nº 5 e o ano seguinte ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. “Consideramos este arco de quinze anos como base para nossas reflexões, levando em conta todas as mudanças estruturais e culturais que ajudaram a repensar o Brasil: do fim da ditadura militar ao retorno à democracia, que, em seguida, enfrentará o trauma do impeachment”, explicam os curadores, que selecionaram obras de artistas cujas trajetórias se iniciaram nesse período.

Palestra com o artista Paulo Paes

No dia 13 de abril, às 16h, o artista paraense radicado no Rio de Janeiro Paulo Paes fará uma palestra especial sobre a história do balão e do balonismo, no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. Reconhecido por seu trabalho com arte e cultura popular, Paes levará o público a uma viagem pelo fascinante universo dos balões, desde suas origens até suas expressões contemporâneas. Além da explanação teórica, que será realizada no cinema do CCBB Brasília, o artista realizará uma demonstração prática, com o passo a passo da construção de um balão. Uma oportunidade única para os apaixonados por arte, tradição e inovação.

“Não farei uma abordagem acadêmica, nem um inventário sobre a história do balão, mas sim destacar como os objetos se transformam quando são agregados a novas culturas e a novas memórias. Ao final, farei uma demonstração técnica, ensinando a modelar a superfície, demonstrando cada etapa que forma o raciocínio básico de um balão brasileiro, que é muito considerado no mundo inteiro”, conta o artista Paulo Paes, que ressalta haver diversas técnicas de construção de balões em diversos países do mundo.

O balão está presente em diversas culturas, das mais diferentes formas. É uma técnica milenar, que vem se aprimorando ao longo dos anos. “Há uma transformação estética, técnica e também da inserção dele na vida comunitária. Em muitos lugares, o balão é ligado ao mundo militar, ou religioso, ou às festas pagãs. Um mesmo objeto, que vem se adaptando pelo mundo”, afirma o artista.

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Paulo Paes tem uma longa trajetória com os balões. Nascido em Belém, PA, em 1960, transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1978, ingressando na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde foi aluno e posteriormente professor, até 1992. No subúrbio carioca, conheceu o alfaiate e baloeiro Ivo Patrocínio e nutriu interesse sobre os fundamentos da arte dos balões. Com esculturas infláveis e instalações, sua produção é resultado de uma extensa pesquisa sobre o universo lúdico e tecnológico dos balões de papel, a partir da convivência com mestres baloeiros e a participação nos rituais em torno dessa prática nas Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro.

“Provavelmente eu já estava capturado neste lugar desde a infância. No Rio, entrei em contato com pessoas que já trabalhavam com papel de seda, mas com uma sofisticação técnica que eu não conhecia, mas quando eu entrei em contato com isso eu já tinha receptores, já sabia trabalhar com papel de seda, já tinha contato com artesania, então foi muito natural agregar esse conhecimento”, conta o artista.

Serviço

Cinema
Dia 13 de abril, às 16h
Capacidade: 70 lugares
Classificação indicativa: Livre, recomendado para maiores de 10 anos
Entrada gratuita, mediante retirada de ingresso na bilheteria do CCBB ou pelo site

Artes visuais e anos 1980 no Brasil
Sonia Paiva

“Queremos destacar que diversos artistas fora do eixo Rio-São Paulo também estavam produzindo ativamente na época e que outros acontecimentos significativos ocorreram no mesmo período histórico, como, por exemplo, o ‘Videobrasil’, realizado um ano antes, que evidenciava a produção de jovens videoartistas do país”, afirmam os curadores. Nesse contexto, a exposição “Fullgás – Artes Visuais e os Anos 1980 no Brasil” reunirá grandes nomes como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leonilson, Luiz Zerbini e Leda Catunda, entre outros, além de artistas importantes de diversas regiões do país, como Jorge dos Anjos (MG), Kassia Borges (GO), Sérgio Lucena (PB), Vitória Basaia (MT) e Raul Cruz (PR). Para desenvolver essa pesquisa abrangente, a exposição contou, além dos curadores, com a colaboração de um grupo de consultores de diferentes estados brasileiros.

Além das obras de arte, a exposição também incluirá elementos da cultura visual dos anos 1980, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos, que ajudaram a moldar a formação dessa geração. “Mais do que uma exposição sobre artes visuais, é uma reflexão sobre imagem, e as obras de arte estão constantemente dialogando com essa cultura visual. Elas se apropriam de materiais produzidos por revistas, televisão, rádio, outdoors e outros elementos eletrônicos. Por isso, propomos incorporar esses elementos, que funcionam quase como comentários, para criar um diálogo com as obras expostas”, explicam Raphael Fonseca, Amanda Tavares e Tálisson Melo.

Galeria
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-67a249cc6a988--67a249cc6a98aLeila Danziger, Entre céus e ruínas 1 (1).png
Mídia

Serviço

Recepção central, Galeria 3, galeria 5 e pavilhão
9h às 21h (entrada na galeria até às 20h40)
Entrada gratuita mediante retirada de ingressos

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