fechar
1_foto_mateus_baranowski_vaca-360768090

Exposição

A.R.L. Vida e Obra

Imagem de Calendário

04/09/24 a 28/10/24

Serviço


  • Classificação LivreClassificação Livre

  • Local

    2º andar

  • Horário

    De quarta a segunda, de 9h às 20h. Entrada até às 19h

  • Ingresso

    Entrada franca. Retirada de ingressos na bilheteria ou no site bb.com.br/cultura

Adquirir ingressos Telefone

Covid 19

Fique atento às
recomendações.

Fique atento

A exposição oferece ao público um conjunto de pinturas e fotografias produzidas pelo artista autodidata Antônio Roseno de Lima, abrindo um campo de discussão importante sobre a chamada Arte Bruta brasileira. Original de Alexandria (RN), Roseno parte em 1926 para Campinas (SP), onde produziu a maioria de suas obras. Apesar da extrema pobreza e da falta de instrução formal, A.R.L., como assinava suas obras e nome pelo qual teve reconhecimento internacional, encontrou meios para se expressar de forma livre, autêntica e criativa. A partir de materiais rústicos, o artista constrói uma identidade criativa forte, baseada em cores vivas e chapadas.

O pintor tirou da sua própria realidade a inspiração para criar obras que são reflexo da mais pura e encantadora Art Brut, termo francês, criado por Jean Dubuffet, para designar a arte produzida livre da influência de estilos oficiais e imposições do mercado da arte, que muitas vezes utiliza materiais e técnicas inéditas e improváveis. Seus temas centrais foram autorretratos, onças, vacas, galos, bêbados, mulheres e presidentes. Apesar das condições precárias em que vivia na favela Três Marias, em Campinas (onde morou de 1962 até sua morte, em junho de 1998), Roseno expressava seus sonhos e observações do cotidiano através de suas pinturas, muitas vezes utilizando materiais improvisados encontrados no lixo: pedaços de latas, papelão, madeira e restos de esmalte sintético.

Quando encontrava algum desenho que fosse do seu gosto, recortava-o em latas de vários tamanhos para usar como modelo, além de usar outros materiais que encontrava pelo caminho, como a lã, mais disponível em épocas de frio. Seu barraco era sua tela, onde cores vibrantes e figuras contornadas em preto ganhavam vida, revelando uma poesia visual única. Nas obras, as diversas aspirações do artista são representadas, mas uma delas se repete em toda a sua arte: "Queria ser um passarinho para conhecer o mundo inteiro!"

 

Curadoria: Geraldo Porto

Veja também